terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Esporte como desenvolvimento sustentável

O desenvolvimento sustentável, atualmente, tem sido visto como a proposta mais aceita para enfrentarmos questões socio-ambientais, culturais e econômicas de forma mais justa. O equilíbrio entre estes setores parece ser a resposta para o problema quando abordamos o tema sustentabilidade, no entanto, os valores de um futuro próximo nos deixam mais distantes da centralização econômica e nos voltam ao capital humano. Tanto isso ocorre que a crise economica mundial praticamente não tem afetado diretamente o mercado sustentável e a quem diga que a solução para a crise encontra-se no ramo da sustentabilidade.

O capital humano portanto passa a ser o principal player de mudança para o paradigma da sustentabilidade, nele se encontra a base da construção do capital social, entendido como pessoas, cidadãos com acesso à qualificação e à cidadania, que se interagem em redes para solução de seus
problemas e busca de objetivos comuns. O novo paradigma da sustentabilidade requer portanto, uma mudança qualitativa do desenvolvimento devendo atender não só às demandas econômicas e ambientais de longo prazo, mas também às necessidades sociais, culturais e espirituais que estão relacionadas diretamente com os conceitos de qualidade de vida e felicidade das pessoas.

Este conceito me fez refletir o quanto o esporte e a atividade física estão relacionados ao desenvolvimento sustentável. Muito mais do que integração social, aceitação cultural estas atividades são uma ferramenta do controle econômico e porque não podem ser ambientalmente corretos. Os esportes outdoor como ciclismo, corrida, caminhada, trekking, dentre outros em sua maioria envolvem um consumo ecologico baixo em todos os sentidos. E com uma consciencia pouco mais elevada podem ser ainda minimizados.

Meus treinos de corrida pela manhã, além da minha disposição, consomem um pouquinho da sola do meu tênis, a bateria do meu Polar e de vez em quando a bateria do meu MP3. Meu investimento para poder correr é este além de uma meia, shorts e camiseta. Lógicamente que eu consumo ainda a agua do banho, shampoo e sabonete no pós treino. Mas será que isso é um consumo elevado, se pensar que eu poderia estar em casa assitindo televisão e consumindo energia elétrica. Ou poderia estar indo ao shopping fazer compras, gastando gasolina e comprando produtos desnecessários.

O mercado do running especificamente já vêm desenvolvendo tecnologias que mostram a preocupação com o meio ambiente também. Além das camisetas e shorts feitas com garrafas PET, bambu e algodão orgânico já temos no mercado tênis biodegradáveis como o Trance 8, da Brooks, que traz a tecnologia Biomogo na sola, fazendo com que ela se degrade cerca de 50 vezes mais rápido do que as convencionais. A New Balance também não ficou para trás lançando o tênis de corrida NBX 1224, sua forração interna da parte frontal do calçado é feita da Cocona Fiber, uma fibra derivada da casca do côco. Outras novidades são o kit solarun da Mizuno composto por jaqueta, aparelho MP3 com recarregador de baterias solar de 1GB, fones de ouvido e arm band, mas o interessante é que esse recarregador solar pode ser colocado na própria jaqueta, na parte das costas num compartimento especial. Assim o usuário carrega seu tocador digital enquanto usa a jaqueta.

Associo o esporte a um dos fatores em prol do desenvolvimento sustentável sem temor uma vez que seu caracter social, cultural, econômico já estão claros aos meus olhos e com consciência e civilidade podemos transformar o esporte em exemplo claro de sustentabilidade.

Fabio Pasetto

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Adorei a idéia exposta neste blogg. Afinal a pessoa que pratica esportes está mais apta a se sensibilizar com a idéia de respeito ao meio ambiente. Penso isso porque o esportista já respeita a natureza partindo por ele mesmo.Presenvando sua própria saúde!