sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Desafio 600 k conpensam CO2

A Iguana Sports, a Nike e a Carbovita Ambiental, responsáveis pelo Desafio Nike 600K, que é a maior corrida de revezamento das Américas, anunciaram o plantio de 1.400 árvores para compensar a emissão de CO2 durante todo o evento e sua organização. Chegou-se a esse número de árvores pela contabilização da quantidade de gás emitida, principalmente na parte de transporte terrestre e aéreo.

A medida faz parte do esforço das organizadoras em manterem a responsabilidade ambiental em suas atividades. “Em 2008 começamos a estudar a melhor maneira de fazer a compensação de todo o CO2 emitido nos eventos, e foi no Desafio 600k que colocamos o projeto em prática. Daqui para frente, todas as provas terão esse lado sócio-ambiental. Além do plantio das árvores, há a reciclagem do lixo e doações de materiais para comunidades carentes”, afirmou Paulo Carelli, diretor da Iguana Sports.

O Desafio Nike 600K aconteceu no ano passado, de 22 a 25 de outubro, quando as equipes de atletas correram, em revezamento, o trajeto de São Paulo ao Rio de Janeiro.

Fonte: webrun.com.br

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A história de um Maratonista!!!

Essa é a história de um maratonista... Luiz Arnoldo e sua epopéia:

"A história toda começou há 4 meses, quando decidi que iria cumprir logo no segundo domingo de 2010 um dos tantos objetivos pessoais, o de correr uma maratona..O local escolhido foi a ensolarada Orlando, que para minha surpresa, enfrenta este ano o pior inverno desde 1977.

Acordei às 3:00 hs da manha, tinha 45 min para me preparar antes de pegar o ônibus que nos levaria até a largada.... fiz uns 20 mins de alongamento no quarto, tomei café e comecei a primeira maratona do dia, a de colocar as roupas que iria usar.. ao todo foram umas 10 peças de roupa + os tênis... além de um tubo de hipoglos espalhado pelo corpo, e foi pouco.

Pontualmente as 3:45 saímos para um trajeto de ônibus de 30 min até a largada. Desci rápido do ônibus, ultimo lugar acima de 0C que fiquei pelas seguintes 7 hs... se soubesse teria enrolado um pouco..

Entre colocar as identificações, guardar as sacolas no guarda volumes e alinhar para os “currais” de largada foram uns 45 min... de forma que a partir das 5:00 estávamos alinhados para a tão esperada contagem regressiva... nesse ínterim um saco de lixo voou até mim, o qual foi devidamente assimilado como parte da vestimenta... que estava bem na moda por sinal... a largada mais parecia um protesto dos sem teto do que uma maratona, todos se prevenia do frio como podiam, e saco de lixo esquenta...

Foi legal que pude ver que vários tb foram ao Wal-Mart no dia anterior, e como eu usavam combinates calças marrom e vinho com blusas azul royal... viva o clearence de $ 9,99!

Havia também muita gente vestida de pateta, mikey, e tantos outros personagens da Disney... e outros vestidos de louco, ou seja, de shorts e regata.




Km 0 - 10..9.. 8..7..6..5...4..3...2...1....... fogos de artifício, musica, festa... ainda era noite, 6:00 da manhã e a multidão começa a se mover.... estava relativamente aquecido e o saco de lixo, que funcionava como um para-quedas devido ao vento começava a me incomodar...

Km 3 – Adeus saco de lixo.

Não dava mais, além de eventualmente voar e acertar minha cara, eu já estava um pouco aquecido e decidi abandonar a vestimenta de sem teto... ajudou também no moral, afinal, eu estava meio assim de completar objetivo pessoal tão desafiador dentro de um saco de lixo...

Km 5 - Adeus Moletom da Ana.

Após 30 min de corrida comecei a sentir calor.. entramos na epcot center e o vento por lá não machucava tanto... as pessoas a minha volta jogavam fora suas jaquetas, sacos de lixo, capas de chuva, cobertores, toalhas, caixas de papelão (!!!??) e começavam a parecer maratonistas... na empolgação de sentir calor tirei o moletom que a Ana me deu pra correr... fiquei com ele na mão por uns minutos.. mas achei melhor jogar fora mesmo... engraçado que meu batimento foi a 190 nessa hora mas voltou logo pros 150.. acho que era a Ana em pensamento tentando me avisar que era roubada jogar o moletom fora..
Km 10 – Reciclagem.

Após 5 km (+/- 30 min) me arrependi profundamente de ter jogado o moletom fora, percebi que o suor no minha bela blusa azul royal havia congelado nos meus braços... senti meu peito gelado percebi que precisava agir... a minha frente corria um sujeito que tinha calor e se desfez de uma bela jaqueta branca que mal tocou o piso já estava de volta na ativa correndo comigo.. e melhor, ainda estava quentinha...

Km 11 – Finalmente dia. Eram mais de 7 quando finalmente começou a amanhecer... a luz dá a falsa impressão de estar mais quente... falsa mas ajuda muito

Km 12 – Água.

Finalmente decidi fazer minha primeira parada para tomar água.. os primeiros postos estavam lotados então posterguei o quanto pude.. Com muito cuidado para não escorregar no gelo que se havia formado dos tantos copos de água que caiam no chão, consegui pegar um copinho... coloquei todo meu gel de açúcar na boca, quando fui tomar a água.. surpresa... o topo do copo estava congelado e água parecia uma raspadinha... delicia..

Passei por um ponto de som e tocava Kiss – Rock ‘n roll all night... bom estimulo..

Km 14 – Moitinha.

Após “tanta” água e não ir no banheiro desde as 3:00 da manha, tive que apelar.. havia banheiros químicos mas com fila... então me juntei a tantos outros na beira da estrada... ufaaaaaaa... nada de peso extra...



Km 21 – Meia. Terminei a meia maratona em bom tempo, próximo a 2 hs. Sem dores e curtindo a paisagem. A essa hora a gente passa pelo magic kingdom, onde tem o famoso castelo da bela adormecida... havia 18 anos que não passava por lá... tirei boas fotos...o legal é que o tempo todo tem gente torcendo... são voluntários, crianças de escolas próximas ou amigos de maratonistas, eles fazem bastante barulho e como seu nome esta escrito na camiseta eles gritavam GOD JOB LOWISS!! Acreditem, ajuda... eu cumprimentava, passava batendo as mãos pra torcida.. uma festa....aproveitei essa hora pra tomar meu anti-inflamatório.... estava confiante de que tudo acabaria bem...

Km 30 – New Ground.

Durante os 4 meses de treinamento, essa foi a maior distancia que corri, 30 Km.. a partir daqui tudo era novo... cheguei bem cansado, batimento dentro da média, mas sentindo as coxas e joelhos doendo... mesmo assim parecia que não teria problemas em terminar, cheguei com +/- 3 h e 10 e uma caminhonete do meu lado tocava Ramones... O vento deu uma aliviada e senti calor de novo.... tirei a jaqueta... mas não joguei fora, fiquei com ela na mão por uns metros.. amarrei na cintura... mas logo bateu o primeiro vento no suor da blusa azul royal e tive que por de volta.. ainda estava quentinha, pelo menos agora o suor dela era em boa parte meu...

Km 35 – E começa a maratona.

Cheguei nos 35 km destruído... demorei 45 min para ir dos 30 aos 35 km. Não conseguia manter o ritmo.. tudo doía... os joelhos pareciam que iam sair para os lados da perna, coxa, quadril, lombar, panturrilha... era como se algo estivesse me apertando... meu nariz que ardia como nunca e já nem escorria, jorrava, e até o povo mais elegante, limpava o nariz sem grandes pudores com jatadas para os lados.. vou poupá-los dos detalhes sordidos dos vômitos de terceiros que congelavam pelo caminho, acho que esse de nariz já basta...

Meu gorro estava encharcado o que fez minhas orelhas e o suor nos mullets congelarem... com isso sentia que tinha pregadores de roupas pendurado nelas... tudo até aqui foi tranqüilo e a hora seguinte durou muito mais que as primeiras 4.

Km 36 – Desespero

Após travar no km 35, decidi que não olharia mais o relógio até o final da prova... aí, após uma eternidade mental voltei a olhar no relógio pra ver meu batimento e percebi que só tinha corrido 1 km... e que tinha levado 10 min pra fazer isso... ou seja.. se seguisse nesse ritimo tinha ainda 1 h de sofrimento... parei.... tentei alongar mas meu pé estava mais longe que a chegada.... tomei isotônico (que estava menos congelado) e gel... como já tinha tomado 10 dos meus decidi pegar um dos fornecidos pela prova.. que pra variar, estavam quase petrificados, pareciam um pedaço de borracha...... o pior de correr uma maratona no frio e correr em um lugar que nunca faz frio.. ninguem está preparado.. tudo esta feito pro calor....

Entao respirei fundo e tentei apertar o passo... 100 m e pimba... mega-câimbras... não dava pra acelerar.. reduzi... ai ai.. joelhos... até a sola do pé já doía de tanto bater no chão.. não sabia o que fazer... chorar não dava por que congelava e ardia mais a cara...

Km 38 - Chocolate

Quando tudo parecia perdido apareceu uma barraquinha distribuindo chocolate... na verdade no caminho eles dão de tudo... gatorade, bananas, sanduíches, muffins, tylenol, gelol, bandagens... se bobear vc queima 3500 cal na prova e ganha umas 5000 das procarias que come... mas de tudo mesmo, o salvador foi chocolate.. tudo bem que tava duro como uma pedra, e pra abrir eu tive que tirar as luvas que apesar de encharcadas cumpriam seu papel.. mas foi um santo remédio.. me deu 15 segundos de alívio ao esfarelar e grudar no ceu da boca..... sem chances de engolir...

Km 40 – Luta mental

A partir daqui vc já começa a mentir pra si mesmo só para terminar.. parecia pouco, mas tentava fazer as contas de quanto tempo tinha levado pra fazer o último km e dava 3 minutos, aí via que estava errado e achava que era 30.. puro delírio.. manha roupa encharcada estava pesando pelo menos 5 kg e cada passada eram como marteladas nos joelhos.. o rosto ardia como se estivesse dormido na praia e o nariz era um ponto imaginário distante da face...

Nessa hora a torcida começa a gritar mais ainda, há locutores espalhados dizendo, faltam só 2 milhas! Vc já conseguiu, daqui não tem como não terminar! Ao mesmo tempo que as pessoas gritam mais vc não tem força pra responder.... ou então quer dizer.. MENTIROSOS, VCS FALARAM ISSO LÁ ATRAS!!! Só que lá atrás é ali do lado mesmo... vc que não está se movendo...

Km 42 – Andando nas Nuvens.

Quando vc começa a sentir o cheiro da chegada, todas as dores vão embora, nos 195 metros finais há arquibancadas cheias ...com muita gente gritando... nada mais doia e sentia como se estivesse andando nas nuvens.. passou o frio e veio uma sensação incrível de missão cumprida e orgulho, fazendo valer a pena cada um dos 289 minutos anteriores... finalmente vi o Mickey, é a única hora que ele aparece na corrida toda, ele estava lá (de verdade, não era dilírio) pra me cumprimentar logo que eu passei a reta final com 4 h e 50 m. Meu melhor termpo de todas as maratonas que corri ou correrei.

Tramites burocráticos. Terminada a Maratona vc quer desaparecer e aparecer em uma banheira quentinha no quarto do hotel.. mas não é bem assim.. primeiro vc tem que pegar a merecida medalha do mikey.. aí vc faz uma fila pra tirar uma foto no podium e depois outra fila pra pegar comida.. aí vale tudo, tinha coca cola chocolate saladinha fruta sanduiche muffin e tudo mais de junk que se pudesse imaginar... então vc faz outra fila pra pegar um cobertor de plástico que não serve pra nada e mais uma pra pegar a bolsa onde estava sua roupa seca... joguei fora no caminho luvas jaqueta alheia além do super cobertor... mas descobri que o ônibus estava a quase 2 km da chegada, e andei nos mesmos congelantes e negativos graus Celcius da largada até lá, só que com gelo nos cabelos e suado até o cadarço... e finalmente entrar no ônibus e ver ar quente, trocar de roupa, comer chocolates e comemorar com o time... apesar do sofrimento, valeu muito a pena, aprendi muito de cada cm dessa experiência, experiência única que recomendo.

Missão cumprida. Proximo desafio..."

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Estresse pode virar câncer!

Agora mais essa contra o estresse... a revista de publicação científica Nature indicou que o estresse emite sinais que fazem com que células desenvolvam tumores.

O estudo descreve uma nova maneira pela qual o câncer age no organismo e aponta novos caminhos para combater a doença. Até agora, a maioria dos cientistas estimava que uma célula precisava de mais de uma mutação que causa câncer para que os tumores se desenvolvessem.

O estresse seja ocasionado por fatores extrinsecos, ou intrinsecos gera uma resposta fisiológica muito negativa, como por exemplo a secreção de hormônios glicocorticóides como o cortisol. Este hormônio ativa a proteólise (quebra de proteinas) e bloqueia a entrada de glicose nos tecidos, ocasionando uma hiperglicemia que pode levar até a estado de choque.

Os fatores que podem minimizar o ocasionamento do estresse sob nosso controle são formados pelo famoso tripé do treinamento:
- Descanso
- Nutrição
- Treinamento

Não é atoa que existe esta correlação entre o tripé do treinamento e do estresse. Caso o atleta entre em situação de estresse, irá entrar em declínio de performance. Agora ainda sabemos que o estresse pode gerar cancer... Portanto fique ligado!

Fabio Pasetto

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Alimentação a noite pós treino!

Não sou muito de treinar a noite, mas as vezes o faço e 80% dos meus clientes treinam neste período do dia. Têm muitas vantagens, principalmente no verão, em virtude do calor, os treinos pela manhã geralmente são mais quentes do que as 19:30 - 20:00 hs, além do organismos estar mais preparado para o treino quando comparamos com o amanhecer. Pesquisas revelam que de forma geral a partir das 10 hs a flexibilidade e a performance são melhores do que mais cedo (em mesma temperatura e condições de umidade relativa).

Mas tem um grande empecilho o que comer após o treino?

Como muitos já sabem a ingesta excessiva anoite pode ocasionar em ganho de peso, para quem quer manter ou perder peso, nada de excessos, para que seu jantar não seja armazenado no seu tecido adiposo.

Numa breve revisão, fiz um achado e em geral utilizo destas 5 opções para repor bem o treino, sem exageros:

* Opção 1 - Lanche no pão integral com queijo branco ou peito de peru + Suco de soja ou de frutas cítricas.

* Opção 2 - Salada com dois tipos de folhas + tomate / palmito / pepino + filé de frango ou peixe grelhado + Suco de soja ou de frutas cítricas.

* Opção 3 - Salada + omelete com duas claras e uma gema + Suco de soja ou de frutas cítricas.

* Opção 4 - Pão integral com geleia + Iogurte desnatado com uma fruta picada (banana, mamão ou uvas).

* Opção 5 - Legumes cozidos + Filé de frango ou peixe grelhado + Suco de soja ou de frutas cítricas.

Fabio Pasetto

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

São Silvestre - Confraternização de ano novo!

Nunca pensei em correr a São Silvestre. Sempre achei uma prova muito festiva, com muita bagunça que ia um pouco contra o que considero competir numa prova, para mim prova significa dar o seu melhor, determinação, sofrimento, superação e garra.

Mas como um todo treinador devemos sentir na pele o que cada prova representa para termos nossa própria opinião, a final de contas cada evento não pode ser sub julgado por leituras e achismos. Sou um pouco cético e achei que deveria experimentar a prova.

Me encontrei com os alunos da Eco em frente a Drogaria Onofre, já estava uns 24 a 26º mas bem nublado, com cara de chuva, ficamos conversando um pouco e devido ao adiantamento da globo, por causa da malhação (é brincadeira, né?!) fomos para a largada faltando uns 5 min. Logicamente que era impossível nos posicionarmos bem para largar e ficamos atrás dos marcadores de ritmo de 8 min/km.

Após soar a buzina de largada esperamos uns 10-15 min antes de começarmos a andar, e até o pórtico ficamos na caminhada mesmo! Meu GPS acho que endoidou, pois fizemos os primeiros km bem lento para uns 6 ou mais por/km e ele marcava 5 por/km, mas ao final da prova marcou 15,700 km.

Nos primeiros km vimos o Batman, Homen Aranha, Fred Flinston, Lampião, Zorro, dentro outras peças... e fui notando a graça da São Silvestre ao ver que é a única prova do Brasil que as pessoas vão a rua prestigiar os corredores. As crianças estendendo suas mãos para receber um cumprimento, os mais idosos com mangueira para refrescar os atletas, os bebados para tirar sarro e se divertir... mas é uma festa! Uma festa divertida e sem muita bagunça...

Bom, voltando para a prova... Ao passar o minhocão, consegui imprimir um ritmo mais forte e fui acompanhado pelo Marcelo, iamos alternando a frente e abrindo passagem, mesmo após o viaduto Rudge ainda era bem complicado de transitar, mas mantinhamos um ritmo entre 4'20 e 4'40. Pouco antes de chegar na Brigadeiro me perdi do Marcelo ao cortar uma curva pela calçada e fui embora... uma subida gostosa bem longa, mas não muito íngreme. Ia passando os caminhantes e motivando-os a continuar a correr! O que me dava mais vontade de puxar o ritmo... Chegando na Paulista, pensei em esperar o Marcelo, pois haviamos feito quase toda prova juntos... mas o ritmo estava forte e não quis diminiur para tentar acabar abaixo de 1h 15min... Em vão, pois finalizei segundos após... De qualquer forma, a lição valeu. Fiquei muito feliz!

Gostei bastante da prova, quando entendi sua proposta. Na verdade depois de ter realizado a São Silvestre percebi que não é uma prova. E sim um evento de confraternização de ano novo... Agora recomendo-a aos foliões!

Fabio Pasetto