terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Esporte como desenvolvimento sustentável

O desenvolvimento sustentável, atualmente, tem sido visto como a proposta mais aceita para enfrentarmos questões socio-ambientais, culturais e econômicas de forma mais justa. O equilíbrio entre estes setores parece ser a resposta para o problema quando abordamos o tema sustentabilidade, no entanto, os valores de um futuro próximo nos deixam mais distantes da centralização econômica e nos voltam ao capital humano. Tanto isso ocorre que a crise economica mundial praticamente não tem afetado diretamente o mercado sustentável e a quem diga que a solução para a crise encontra-se no ramo da sustentabilidade.

O capital humano portanto passa a ser o principal player de mudança para o paradigma da sustentabilidade, nele se encontra a base da construção do capital social, entendido como pessoas, cidadãos com acesso à qualificação e à cidadania, que se interagem em redes para solução de seus
problemas e busca de objetivos comuns. O novo paradigma da sustentabilidade requer portanto, uma mudança qualitativa do desenvolvimento devendo atender não só às demandas econômicas e ambientais de longo prazo, mas também às necessidades sociais, culturais e espirituais que estão relacionadas diretamente com os conceitos de qualidade de vida e felicidade das pessoas.

Este conceito me fez refletir o quanto o esporte e a atividade física estão relacionados ao desenvolvimento sustentável. Muito mais do que integração social, aceitação cultural estas atividades são uma ferramenta do controle econômico e porque não podem ser ambientalmente corretos. Os esportes outdoor como ciclismo, corrida, caminhada, trekking, dentre outros em sua maioria envolvem um consumo ecologico baixo em todos os sentidos. E com uma consciencia pouco mais elevada podem ser ainda minimizados.

Meus treinos de corrida pela manhã, além da minha disposição, consomem um pouquinho da sola do meu tênis, a bateria do meu Polar e de vez em quando a bateria do meu MP3. Meu investimento para poder correr é este além de uma meia, shorts e camiseta. Lógicamente que eu consumo ainda a agua do banho, shampoo e sabonete no pós treino. Mas será que isso é um consumo elevado, se pensar que eu poderia estar em casa assitindo televisão e consumindo energia elétrica. Ou poderia estar indo ao shopping fazer compras, gastando gasolina e comprando produtos desnecessários.

O mercado do running especificamente já vêm desenvolvendo tecnologias que mostram a preocupação com o meio ambiente também. Além das camisetas e shorts feitas com garrafas PET, bambu e algodão orgânico já temos no mercado tênis biodegradáveis como o Trance 8, da Brooks, que traz a tecnologia Biomogo na sola, fazendo com que ela se degrade cerca de 50 vezes mais rápido do que as convencionais. A New Balance também não ficou para trás lançando o tênis de corrida NBX 1224, sua forração interna da parte frontal do calçado é feita da Cocona Fiber, uma fibra derivada da casca do côco. Outras novidades são o kit solarun da Mizuno composto por jaqueta, aparelho MP3 com recarregador de baterias solar de 1GB, fones de ouvido e arm band, mas o interessante é que esse recarregador solar pode ser colocado na própria jaqueta, na parte das costas num compartimento especial. Assim o usuário carrega seu tocador digital enquanto usa a jaqueta.

Associo o esporte a um dos fatores em prol do desenvolvimento sustentável sem temor uma vez que seu caracter social, cultural, econômico já estão claros aos meus olhos e com consciência e civilidade podemos transformar o esporte em exemplo claro de sustentabilidade.

Fabio Pasetto

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Energia eólica ignorada

Mais de 71 mil quilômetros quadrados do território nacional, em sua quase totalidade na costa dos estados do Nordeste, contam com velocidades de vento superiores a sete metros por segundo, que propiciam um potencial eólico da ordem de 272 terawatts-hora por ano (TWh/ano) de energia elétrica.

Trata-se de uma cifra bastante expressiva, uma vez que o consumo nacional de energia elétrica é de 424 TWh/ano, aponta estudo publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física, de autoria de pesquisadores do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“Os números do potencial eólico brasileiro foram estimados com os mesmos modelos de previsão de tempo e estudos climáticos. Como esses modelos são validados para locais específicos das diferentes regiões do país, esse potencial eólico pode estar subestimado”, disse Fernando Ramos Martins, da Divisão de Clima e Meio Ambiente do CPTEC/Inpe e um dos autores do artigo, à Agência FAPESP.

Mas, segundo ele, com as informações disponíveis atualmente, levando em conta todas as dificuldades inerentes aos altos custos da geração de energia eólica, é possível afirmar que apenas o potencial da energia dos ventos do Nordeste seria capaz de suprir quase dois terços de toda a demanda nacional por eletricidade.

“O problema é que, atualmente, o índice de aproveitamento eólico na matriz energética brasileira não chega a 1%. A capacidade instalada é muito pequena comparada à dos países líderes em geração eólica. Praticamente toda a energia renovável no Brasil é proveniente da geração de hidreletricidade”, apontou.

Parte dos dados do estudo também foi extraída do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, produzido pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) com o objetivo de fornecer informações para capacitar tomadores de decisão na identificação de áreas adequadas para aproveitamentos eólico-elétricos.

“Os locais mais propícios no país para a exploração da energia eólica estão no Nordeste, principalmente na costa do Ceará e do Rio Grande do Norte, e na região Sul”, disse Martins.

Além de descrever a evolução do aproveitamento da energia eólica no mundo, os pesquisadores do Inpe trazem no artigo dados inéditos sobre a situação atual do uso desse recurso para geração de eletricidade em diferentes países.

Sem emissões

Segundo o estudo, o setor de energia eólica tem apresentado crescimento acelerado em todo o mundo desde o início da década de 1990. A capacidade instalada total mundial de aerogeradores voltados à produção de energia elétrica atingiu cerca de 74,2 mil megawatts (MW) no fim de 2006, um crescimento de mais de 20% em relação ao ano anterior.

“Enquanto o Brasil explora menos de 1% de sua energia eólica, países como Alemanha, Espanha e Noruega utilizam por volta de 10%”, disse Martins, lembrando que a conversão da energia cinética dos ventos em energia mecânica é utilizada há mais de três mil anos.

Em 2006, o Brasil contava com 237 megawatts (MW) de capacidade eólica instalada, principalmente por conta dos parques na cidade de Osório (RS). O complexo conta com 75 aerogeradores de 2 MW cada, instalados em três parques eólicos com capacidade de produção de 417 gigawatts-hora (GWh) por ano.

O pesquisador do CPTEC aponta ainda que, dentre as fontes energéticas que não acarretam a emissão de gases do efeito estufa, a energia contida no vento também demonstra potencial para atender à segurança do fornecimento energético no país.

“Políticas nacionais de incentivos estão começando a produzir os primeiros resultados, a exemplo do Proinfa [Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica]. Espera-se um crescimento da exploração desse recurso nos próximos anos no Brasil”, disse Martins.

O Proinfa, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, foi criado em 2002 para a diversificação da matriz energética nacional. O programa estabelece a contratação pelas empresas de uma parcela mínima de energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis, entre as quais energia eólica e a energia proveniente de pequenas centrais hidrelétricas.

Fonte: Agência Fapesp por Thiago Romero

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Consumo Consciente

Pense rápido: o que é consumo? A palavra é bem conhecida de todos e, seguramente, tem algum significado para você. Consumir implica em um processo de seis etapas que, normalmente, realizamos de modo automático e, mais ainda, muitas vezes impulsivo. O mais comum é as pessoas associarem consumo a compras, o que está correto, mas incompleto, pois não engloba todo o sentido do verbo. A compra é apenas uma etapa do consumo. Antes dela, temos que decidir o que consumir, por que consumir, como consumir e de quem consumir. Depois de refletir a respeito desses pontos é que partimos para a compra. E após a compra, existe o uso e o descarte do que foi adquirido.

Considerando todos esses aspectos do consumo, você vai ver que ele está presente praticamente o tempo todo em nossas vidas. Ao acordar, vamos ao banheiro e consumimos água, eletricidade, pasta de dente e sabonete. Depois tomamos café-da-manhã e lá vai café, pão, manteiga, geléia, frutas, água, eletricidade. E mais água para fazer o café e para lavar a louça. Quando saímos para o trabalho, a menos que se vá a pé ou de bicicleta, consumimos combustível, mesmo que seja do ônibus, e no caso do metrô, energia elétrica. Dependendo da ocupação de cada um, haverá diferentes tipos de consumo, mas é quase certo que haverá uso de eletricidade, papel e cafezinho, por exemplo. Portanto, mesmo que você passe o dia todo sem sequer abrir a carteira, terá consumido muita coisa.

Por isso o consumo é algo muito importante e que provoca diversos impactos. Primeiro em nós mesmos, já que temos que arcar com as despesas do consumo e também nos beneficiamos do bem estar derivado dele. Depois, o impacto na economia, porque ao adquirirmos algo, movimentamos a máquina de produção e distribuição, ativando a economia. Também afeta a sociedade, porque é dentro dela que ocorrem a produção, as trocas e as transformações provocadas pelo consumo. E por fim, o impacto sobre a natureza, que nos fornece as matérias-primas para a produção de tudo o que consumimos.

O consumo é um dos nossos grandes instrumentos de bem estar, mas precisamos aprender a produzir e consumir os bens e serviços de uma maneira diferente da atual, visto que o modelo hoje utilizado de produção e consumo contribuiu para aprofundar alguns aspectos da desigualdade social e do desequilíbrio ambiental. Mas as coisas não precisam ser assim e existe um enorme potencial para que o consumo que nos trouxe a essa situação, se exercido de outra forma, nos tire dela. Vamos ver como?


Consumo Consciente

Bem, agora que você já sabe que muitos dos nossos atos são atos de consumo e que eles impactam a sua vida e as condições da vida no planeta, chegou a hora de saber como você pode usar suas escolhas de consumo para ajudar a construir um mundo social e ambientalmente melhor. O caminho passa pela adoção do consumo consciente. E o que é consumo consciente? É consumir levando em consideração os impactos provocados pelo consumo. Explicando melhor: o consumidor pode, por meio de suas escolhas, buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos dos seus atos de consumo, e desta forma contribuir com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.

O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade do planeta, lembrando que a sustentabilidade implica em um modelo ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável. O consumidor consciente reflete a respeito de seus atos de consumo e como eles irão repercutir não só sobre si mesmo, mas também sobre as relações sociais, a economia e a natureza. O consumidor consciente também busca disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos de consumo realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.

O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços. Tais gestos incluem o uso e descarte de recursos naturais como a água, a compra, uso e descarte dos diversos produtos ou serviços, e a escolha das empresas das quais comprar, em função de sua responsabilidade sócio-ambiental. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.

Praticar o consumo consciente consiste numa atitude de liberdade de escolha e de protagonismo da própria existência. É uma tomada de posição clara, democrática e ética. O consumo consciente fatalmente irá gerar uma reflexão e tal reflexão pelos consumidores deverá gerar uma cadeia de estímulos que irá contagiar positivamente as empresas e seus funcionários, sua família, colegas e amigos que, diante do exemplo, serão impelidos a refletir sobre os seus próprios atos de consumo.

Para ficar mais claro, vamos dar um exemplo simples. Você já deve ter ouvido falar que a água é um recurso natural escasso e que cerca de 30% da população mundial não tem acesso à água tratada de boa qualidade. Portanto, mesmo que você consiga arcar com sua conta de água, e portanto possa, em princípio, gastar o montante de água que lhe aprouver, tal fato trará como impacto a não disponibilidade de água, um recurso precioso e muito escasso, para um grande número de pessoas. Além disso, antes da água chegar à sua torneira, ela é tratada. Esse tratamento custa dinheiro. Se você economizar, o volume de água tratada será menor e os custos serão mais baixos. Caso contrário, para aumentar o abastecimento, a prefeitura terá de investir em novas estações de tratamento, que exigirão investimentos e usarão o dinheiro que poderia ser aplicado em outras áreas, tais como saúde, educação ou transporte. Um outro ponto a considerar é que, se a água for usada em quantidade maior do que a realmente necessária, talvez as fontes usadas já não consigam atender a demanda. Se isso acontecer, as autoridades terão de buscar água mais longe, o que provavelmente vai encarecer o custo da água e vai dificultar o acesso a ela pelas populações de mais baixa renda.

A falta de água de boa qualidade provoca diversos males. Entre 1995 e 2000, só no Brasil, ocorrerram 700 mil internações hospitalares por doenças relacionadas à falta de água e saneamento básico. Portanto, quando você fecha a torneira ao escovar os dentes, ao se ensaboar no banho e ao lavar a louça, você está praticando um ato de consumo consciente, um ato que terá um impacto positivo sobre a sociedade porque ajudará a preservar água para os outros; terá um impacto positivo para a economia porque adiará a necessidade de novos investimentos no setor; terá um impacto positivo sobre a natureza porque não estará pressionando as nascentes; e terá um impacto positivo para você, que vai economizar na conta de água.

Fonte: Akatu

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mudanças climáticas aceleradas

Impactos promovidos pelas mudanças climáticas estão ocorrendo mais rapidamente do que se esperava, de acordo com um relatório apresentado nesta terça-feira (16/12) na reunião anual da União Geofísica Norte-Americana, em San Francisco.

Entre os efeitos acelerados estão a perda de gelo marinho, a elevação no nível do mar e um possível estado de seca permanente no oeste da América do Norte.

O relatório é parte de uma série de 21, que estão sendo produzidos por cientistas de instituições acadêmicas e de agências do governo a pedido do Programa Científico de Mudanças Climáticas do governo norte-americano. As análises incluem dados de diversos estudos e levantamentos, como os feitos pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

Ao mesmo tempo em que aponta que algumas projeções têm sido demasiadamente conservadoras, como no caso do derretimento da calota polar, o relatório agora divulgado destaca que em outros pontos o cenário não implica a ameaça imediata estimada, como no caso das alterações nos padrões de correntes oceânicas que influem no clima na Europa e no aumento nas emissões de metano.

Entre as alterações que têm ocorrido com velocidade superior à estimada anteriormente estão mudanças nas geleiras nas extremidades da Groenlândia e do oeste antártico. Outro destaque são mudanças hidroclimáticas sobre a América do Norte e sobre as regiões subtropicais do planeta, que, segundo o relatório, poderão se intensificar devido ao aquecimento global.

“O relatório também identificou que a seca poderá se estender no sentido do pólo Norte no oeste da América do Norte, aumentando a probabilidade de secas severas e persistentes no futuro. Se os modelos que utilizamos estão acurados, trata-se de um processo que já começou. A possibilidade de o oeste [do continente] entrar em um estado de seca permanente não tem sido abordada como deveria”, destacou o principal autor do estudo, Peter Clark, professor de geociências na Universidade do Estado de Oregon.

Especialistas apontam que mudanças climáticas têm se sucedido na história da Terra e geralmente são muito lentas, ocorrendo em centenas ou milhares de anos. Entretanto, em alguns casos as mudanças foram muito mais rápidas, na ordem de décadas.

“Mudanças climáticas abruptas apresentam riscos potenciais para a sociedade que ainda são muito pouco compreendidos”, destacaram os autores no relatório.

Entre as necessidades mais imediatas, apontam os pesquisadores, estão o desenvolvimento de melhores sistemas de observação climática e de previsão de secas e a continuidade do monitoramento nos níveis de metano na atmosfera.

Fonte: Agência Fapesp

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

3 r's da reciclagem

Atualmente a reciclagem passa por um processo de transição. O ato de reciclar vêm numa fase de transição, passando de um modismo passageiro para uma tendência na vida dos brasileiros, estamos demorando pouco mais do que outros países mais desenvolvidos, mas já começamos um processo no caminho correto. A atitude na vida das pessoas, ao menos as pessoas com mais acesso a informação, já tem mudado bastante e o Brasil esta reciclando mais!

Segundo dados do IBGE o Brasil é recordista mundial em reciclagem de latas de alumínio. 89% em 2003, contra 50% em 1993. Já a reciclagem de papel subiu de 38,8% em 93 para 43,9% em 2002. No entanto a reciclagem é praticada somente em cerca de 180 municípios brasileiros, pouco representando para a economia nacional.

Contudo, neste ensejo venho a discutir como deve ser tratado o processo de reciclagem, na verdade o processo de reciclagem inicia-se no ato da compra! 40% do que nós compramos é lixo. Geralmente as embalagens que, quase sempre, não nos servem para nada, vão direto para o lixo aumentar os nossos restos imortais no planeta. Pense no resíduo da sua compra antes de comprar. Às vezes um produto um pouco mais caro tem uma embalagem aproveitável para outros fins.

Você já ouviu falar nos 3 r's?!

Os 3 r's da reciclagem são:

1º - Reduzir
2º - Reutilizar
3º - Reciclar

Reduzir, significa evitar o desperdício desnecessário. Na hora da compra mesmo você pode reduzir o desperdício optando por uma escolha inteligente, prefira o vidro em relação ao plástico nas embalagens na hora de comprar... geralmente mais caro, mas 100% reciclado!

Reutilizar, significa usar o mesmo material por diversas vezes... Um exemplo clássico é o jornal que você pega no farol lê e joga no lixo (reciclado espero!), ao invés de joga-lo no lixo poderia entregar a um amigo que não leu... Ou caso esteja você e um amigo no carro ao invés de pegarem dois jornais, um para cada um, pegue somente um... deixe seu amigo ler e depois leia você... ou seja reutilize tudo o que puder!

Por fim, agora sim devemos reciclar propriamente!

Fabio Pasetto

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Atitude pró sustentável no esporte!

O impacto do esporte no meio ambiente é relativamente modesto, no entanto esporte como meio de vida, é indiscutivelmente relacionado às preocupações do meio ambiente de forma a trazer oportunidades e ameaças a ambos os lados. O futuro do esporte pode ser tão afetado com um meio ambiente insustentável quanto o meio ambiente em si, tendo em vista a participação efetiva do esporte em atividades “outdoor” e inseridas num contexto natural de forma direta. Assim a redução dos efeitos no meio ambiente devem participar do dia a dia do esporte e da atividade física.

Mar, deserto, céu e florestas são alguns dos exemplos de palcos de atividades esportivas... Vela, rally, balonismo e corrida de aventura respectivamente atuam nestes “estádios naturais” que oferecem estruturas ambientais espetaculares a pratica esportiva. Imagine-se jogando golf e ao invés daquele belo campo de grama verde rasteira a paisagem de casas pichadas e arranha-céus ao seu lado, ou então fazendo uma caminhada matinal com seu cachorro na praça ao lado de sua casa circundado por latas de alumínio e sacos plásticos que demoram centenas de anos para se decomporem. Portanto não são apenas os esportes de alto rendimento e que envolvem grandes verbas é quem devem se empenhar na luta pró sustentável, o seu dia a dia como praticante pode aos poucos caminhar a favor do meio ambiente se você fizer a sua parte. Pense que atividade física e meio ambiente devem andar lado a lado!

Sustentabilidade envolve fatores diversos, alem do meio ambiente... Promover a sustentabilidade significa realizar movimentos socialmente justos, culturalmente aceitos, economicamente viáveis alem de ecologicamente corretos. Ser sustentável é prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido, portanto o esporte com seu espírito de inclusão social e cultural e seus valores de disciplina, determinação e respeito ao próximo infama a juventude (nosso futuro) a se incutir nesta luta pró sustentável!

Utilizadores em sua grande maioria do meio ambiente os esportes de aventura seguem sua cultura de serem fiéis defensores da preservação da natureza. Já os praticantes dos chamados esportes radicais são dedicados vigilantes de unidades de conservação, zelando para prevenir e denunciar as agressões ambientais e também atuantes como agentes de educação ambiental. Exemplos de atitudes pró sustentável no esporte.

O esporte tem a chance de ser o principal “player” no papel de influenciar lideres mundiais assim como o publico em larga escala devido a sua paixão, sua emoção que move montanhas. Aceitar este desafio sustentável é elevar o esporte ao mais alto nível de inteligência, respeito e honra. Esta causa deve ser tomada como própria pelos praticantes de atividade física e do esporte, pelos atletas e por fim pelos gestores esportivos, inserindo e ativando conceitos de sustentabilidade dentro de suas modalidades com suas peculiaridades distintas.

Fabio Pasetto

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Tragédia de Santa Catarina - Nossa culpa?!

A tragédia ocorrida no estado de Santa Catarina com até então 117 mortos deixa dúvidas reais quanto ao motivo das enchentes e do deslizamento. Logicamente que o necessário neste momento é unir todas as forças para reabrigarem a população e darem condições de vida normais a todos os catarinenses, as medidas imediatas estão sendo tomadas pelo governo e pelo país todo, R$ 20 milhões já foram doados somente em dinheiro e ainda centenas de toneladas de alimentos, água e produtos de limpeza chegaram a defesa civil catarinense. No entanto um fato que deve ser endagado é o motivo desta tragédia.

O Vale do Itajaí, onde se localiza Blumenau, é uma região que sofre freqüentemente com as enchentes. Porém um fenômeno meteorológico pouco comum, quando uma nuvem de chuva estaciona sobre uma região, o desmatamento dos morros da região e o desrespeito ao Código Florestal, em Santa Catarina, foram responsáveis, conforme especialistas, pelo “fato novo” do desastre: os deslizamentos de terra.

O relevo da região é antigo e está sujeito às intempéries. Quando chove, a rocha se decompõe. Quando faz sol, ela se desagrega. Ao longo dos anos, as rochas vão se alterando e formando o manto de intemperismo, camada superficial da rocha que desmorona com as chuvas.

Nessa região é muito caro residir próximo das encostas, portanto devido a falta de fiscalização este fato é frequente com apropriações ilegais infringindo a legislação ambiental federal. o Código Ambiental em Santa Catarina vai contra o Código Florestal. A faixa de área de preservação permanente dos rios, por exemplo, é de 30 metros pelo Código Florestal. O estado pretende permitir que as distâncias sejam diminuídas. Portanto as legislações confusas dificultam a boa fiscalização, permitindo assim moradores se apropriarem de regiões indevidas.

No entanto a Defesa Civil de Santa Catarina refuta as críticas e afirma que os problemas aconteceram somente pelas chuvas contínuas e intensas.

Contudo este é apenas um dos problemas. Os impactos do aquecimento global e da produção insustentável são outros geradores do problema.

A Mata Atlântica já perdeu grande parte de sua cobertura florestal e, de acordo com os dados da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), o Estado de Santa Catarina é apontado como o campeão nacional de desmatamento da Mata Atlântica. "As árvores foram substituídas por casas e vegetação rasteira, o que contribuiu para a erosão. Esses deslizamentos aconteceriam mais cedo ou mais tarde, as fortes chuvas desses dois meses apenas aceleraram esse processo", explica o especialista Lino Peres.

A floresta cobria uma área de aproximadamente 1,29 milhão de km quadrados, em 17 estados brasileiros, incluindo Santa Catarina. O bioma ocupava cerca de 15% do território nacional. Atualmente, apenas 7% desse total permanece intacto.

Muito se atribui também ao fator do desmatamento da Amazônia, apesar de muitas discuções terem sido geradas a este respeito. É verdade que esse é um forte determinante, tanto por meio de mudanças climáticas regionais quanto globais dos fenômenos climáticos extremos. Portanto, influi indiretamente neste âmbito.

Fabio Pasetto

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Árvore com garrafas plásticas vai iluminar centro de Curitiba/PR

Uma árvore de Natal de 12 metros de altura deve iluminar o calçadão da Rua das Flores, no centro de Curitiba, a partir desta quarta-feira (3). A Árvore de Cristal, como é chamada, começou a ser montada na segunda-feira (1º). Ela é feita com material reciclável.

Segundo a prefeitura, a estrutura foi preenchida com 4 mil garrafas plásticas cheias de água e outro líquido colorido. A peça será iluminada com 6 mil watts de luz e poderá ser vista de longe.

A expectativa é que as garrafas funcionem como uma lente especial para difundir raios luminosos brancos e vermelhos. O "efeito cristal" deverá ser ampliado por microlâmpadas instaladas nas guirlandas e nos enfeites.
Montagem - O material para montagem da árvore foi recolhido e preparado por famílias atendidas nos 27 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) da Fundação de Ação Social (FAS). As garrafas foram retiradas de rios, terrenos baldios e áreas públicas da cidade.

Também trabalharam nas etapas iniciais da construção da grande árvore e dos enfeites idosos que são atendidos em sete Centros de Atendimento ao Idoso (Catis).

O projeto é assinado pelo arquiteto Fernando Canalli e conta com o apoio da Spaipa S/A - Indústria Brasileira de Bebidas.

Fonte: G1

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Philips e a sustentabilidade

Mizuno lança linha de roupas ecologicamente correta

A marca esportiva Mizuno lançou no último mês uma nova linha de vestuário que utiliza tecido reciclável. Batizada de Runcycle Performance, a linha apresenta camisetas e shorts para homens e mulheres.

O tecido reciclável é uma mistura de poliamida e poliéster sustentável. Este último é feito a partir de garrafas pet recicláveis. Além disso, a confecção desse poliéster economiza energia elétrica.

"Queremos, cada vez mais, usar o potencial tecnológico da marca para buscar alternativas de produtos que possam unir tecnologia e respeito ao meio ambiente", diz a responsável pelo vestuário Mizuno no Brasil, Marcela Jacometi.

As peças podem ser adquiridas nas principais lojas esportivas do país. As camisetas masculinas custam em média R$79 e a as femininas R$74. Já os shorts variam entre R$44 e R$79.

Fonte: Webrun

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Lixo - o que fazer com ele?

A sociedade moderna produz por dia quantidade incalculável de lixo, sem nunca ter definido o que faria com essa montanha de resíduos. Durante anos foi mais cômodo jogar o lixo para debaixo do tapete, servindo para isso qualquer lugar longe dos olhos de quem o produziu.

Poderia ser a periferia mais pobre, ou o município vizinho, ou mesmo países miseráveis com governos corruptos, que aceitam por desconhecimento ou ignorância receber essa bomba-relógio em seu território.

Vários tipos de lixo já se tornaram problemas insolúveis em vários países. Há poucos meses vimos pela televisão a cidade de Nápoles, na Itália, com lixo pelas ruas com a prefeitura sem saber o que fazer, e a população desesperada e revoltada com essa situação absurda.

Produzimos milhões de baterias e pilhas por dia que são extremamente tóxicas e não deveriam ser jogadas nos lixões ou aterros sanitários, pois poluem o meio ambiente com os seus metais pesados. Porém, muitas pessoas continuam a jogar esses objetos na lata de lixo de sua residência, por desconhecimento ou preguiça.

O lixo é o resultado final da utilização de algum bem. Este pode ser dos mais variados tipos de materiais, formatos, tamanhos, utilidades, sólido, líquido ou gasoso, tóxico, inerte, orgânico, inorgânico, etc. Cada um com um grau diferente de problema gerado para o meio ambiente, mas sem dúvida todos são passivos ambientais a serem tratados. Os índices de contaminação em todos os meios, ar, água e solo, são alarmantes e extremamente preocupantes.

Acostumamos-nos a viver cercados por lixos ou sobras do que não usamos que viram lixo também, dentro e fora de nossas residências, e nem percebemos. Se percebemos não nos importamos. Compramos mais do que necessitamos, guardamos o que não terá utilidade, consumimos de forma desenfreada. E para onde vai tudo isso? Para o lixo, é claro.

A humanidade tornou-se uma geradora compulsiva de lixo. Tudo em algum momento vira lixo. Demandamos muita matéria-prima e energia do meio ambiente e devolvemos como lixo de volta para o mesmo meio ambiente. É uma troca injusta e desequilibrada. Em algum momento teremos que pagar essa conta.

Hoje muito se discute sobre as melhores formas de tratar ou eliminar o lixo, seja ele industrial, comercial, doméstico, hospitalar, nuclear, tecnológico, entre outros que surgem a todo o momento.

Todos esses tipos de lixo são resultado do estilo de vida da sociedade contemporânea. Para alterarmos esse processo será necessário mudar a postura e o comportamento das pessoas, e isso só será possível com conscientização em massa.

Os nossos hábitos estão mais sofisticados, novos equipamentos são desenvolvidos todos os dias para atender as necessidades que não tínhamos, mais e mais somos desafiados a precisar e consumir, e cada novo equipamento recém-lançado inviabiliza o seu antecessor. Estamos gerando um novo tipo de lixo, o tecnológico, próprio de sociedades ricas e altamente consumistas.

As indústrias estão sendo responsabilizadas e chamadas a ajudar a resolver esse imbróglio criado por elas mesmas. A ganância por faturar mais as tem levado a produzir e vender o desnecessário e supérfluo, que não deveria fazer parte de nossas vidas.

A solução para esse problema está longe de ser alcançada. Ela passará por decisões difíceis e contrariará interesses de grandes conglomerados, poderosos e com lobbys fortes e atuantes, mas não temos muito mais tempo.

Corremos o risco de assistir, no mundo real, a história do filme da Disney, que narra a epopéia do robozinho Walle, deixado na Terra juntamente com outras máquinas para limpar a lambança feita pelos homens civilizados. O que se passou com essas pessoas e a situação em que encontraram suas casas no retorno à Terra podem ser um prenúncio de nosso futuro.

Sem solucionar o problema do lixo jamais construiremos uma civilização sustentável .


Fonte: Luiz Fernando do Valle - Blog Raizes

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Vestimentas sustentáveis

Conceitos como responsabilidade social e desenvolvimento sustentável estão conquistando espaço nas passarelas e vitrines do Brasil. Grandes marcas tem colocado no mercado roupas chiques, casuais e esportivas, produzidas com materiais reciclados e com pouco consumo de recursos naturais. É o caso da marca esportista Mizuno, que tem uma coleção composta por T-shirts desenvolvidas em um tecido que mistura algodão e PET e tênis valorizados por detalhes em materiais reciclados.

Para a confecção de uma camiseta são utilizadas duas garrafas. O PET reciclado recebe tratamentos especiais para atender a demanda da indústria da moda. “A preocupação da marca com o desenvolvimento sustentável começou em 1991, quando a Mizuno Internacional lançou o programa CREW21, que tem como um dos focos produzir peças que utilizem materiais reciclados e ecologicamente corretos”, destaca o gerente de vestuário, Alexandre Coletti.

Outras marcas também já entraram na onda verde. Para as estações primavera/verão 2008, a Rainha traz camisetas masculinas e femininas com algodão orgânico, cujo cultivo é menos danoso ao solo que o do algodão convencional e não utiliza agrotóxicos e adubos químicos. Já a Timberland tem em seus estoques camisetas, jaquetas, camisas e calçados feitos com PET, algodão orgânico e borracha reciclada. “Em um dos centros de distribuição, a empresa utiliza 1.932 painés solares para a produção de energia elétrica e nos Estados Unidos foi inaugurada a primeira loja com 100% de materiais reciclados e orgânicos”, conta o diretor da Timberland, Gumercindo Moraes Neto.

Mas o conceito sustentável não é exclusividade da moda esportista. A marca carioca Ciclo Ambiental também tem uma linha feita com materiais reciclados. Ao contrário das outras, todas as peças da confecção são produzidas a partir de fibra de garrafas PET, coletadas e recicladas a partir de rejeitos urbanos industriais. Cada peça leva 50% de algodão natural e 50% de fibra.

“As garrafas são compradas do projeto Vida Limpa de Diadema (SP), o primeiro do País reconhecido e apoiado pelo governo local, que potencializa o catador como empreendedor e paga a parte por essa coleta diferenciada”, conta a proprietária e presidente da Ciclo Ambiental, Isabele Delgado. Também no caso da Mizuno o processo de compra das garrafas promove o desenvolvimento local, com a geração de trabalho e renda. “O PET colabora com a inclusão social, pois as garrafas são coletadas por catadores de lixo e entregues a uma cooperativa que descaracteriza e limpa as garrafas”, explica Alexandre Coletti.

Bom para o meio ambiente e para o bolso

Ao produzir as peças ecologicamente corretas, as marcas não estão preocupadas somente com a meio ambiente. Ter um comportamento socialmente responsável também traz ganhos para o bolso. Pesquisa realizada pelo Instituto GFK Indicator em parceria com a Revista Consumidor Moderno mostrou que 78% dos entrevistados se sentem muito responsáveis pela preservação ambiental. Com abragência nacional, o estudo teve a participação de 298 pessoas.

“A procura por esses produtos tem confirmado que o consumidor atual é mais exigente e está mais atento às marcas que demonstram preocupação com a preservação do meio ambiente. Eles preferem comprar produtos ecologicamente corretos de empresas que valorizam a sustentabilidade ambiental”, garante Alexandre Coletti. “Desde que iniciei a empresa, em 2002, a venda tem crescido. Em contato com o consumidor percebo que mais do que um alívio por ter surgido um produto que desse um novo rumo para o que ele descarta diariamente, existe também um desejo de mudar e fazer parte de iniciativas que de fato beneficiem sua vida”, avalia Isabele Delgado.

Essa visão é comprovada com dados concretos. A pesquisa Descobrindo o Consumidor Consciente realizada pelo Instituto Akatu em 2003 nos estados de São Paulo, Recife e Porto Alegre, apontou que 76% da amostra (200 entrevistados) toparia pagar mais por um produto não danoso ao meio ambiente. “Esse é um mercado pequeno, mas com bom potencial de expansão. Isso dependerá da divulgação desse conceito na mídia, do desenvolvimento de novos fornecedores, melhorando a escala para melhorar o preço final ao consumidor e do aumento da conscientização da sociedade, que é um processo de médio prazo”, conclui Gumercindo Moraes Neto.


Fonte: Responsabilidadesocial.com - http://www.responsabilidadesocial.com/article/article_view.php?id=528

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Fraldas de pano voltam ao mercado em prol da sustentabilidade

No caminho para a maternidade, a maratona de preparativos para a chegada do filho costuma ser iniciada tão logo se anuncie a gravidez. E nove meses parece ser pouco tempo. Logo os amigos recebem o convite do chá de bebê. Nos rol de pedidos, em geral figura um item tido como imprescindível - as fraldas descartáveis. Tamanhos P, M, G e GG estão na lista das mamães mais precavidas. Algumas inclusive, só pedem fraldas em seus chás, devido à quantidade absurda que um bebê usa - em média, cinco mil unidades até os dois anos de vida.

Porém, o retorno ao uso de fraldas de pano tornou-se um decisão hoje tomada por quem aposta em uma qualidade de vida melhor para a criança e para o planeta. Cada fralda descartável demora, em média, 450 anos para se decompor. Serão inúmeras gerações convivendo com esses resíduos. Estimativas atestam que as fraldas descartáveis representam 2% do lixo não biodegradável despejado em aterros sanitários diariamente.

Calcula-se que a fabricação das fraldas que uma criança usará até os dois anos de vida consuma cinco árvores. Parece pouco, não é? Porém, segundo o Ministério da Saúde, nascem no país anualmente mais de três milhões de crianças, o que significa o corte de pelo menos 15 milhões de árvores ao ano. Assim, o bebê, devido às escolhas de seus pais, já nasce causando problemas ambientais sérios.

A fralda de pano, assim como o absorvente reutilizável, parece ser a solução para os problemas ambientais e o retorno a antigos hábitos. Entretanto, se ao pensar em fralda de pano logo vem a sua mente aquelas fraldas brancas e dobradas em forma de triângulo presas por um alfinete, saiba que elas ainda existem, mas não são a única opção para quem quer aderir ao uso.

Já existem no mercado fraldas com formato similar às descartáveis. As fraldas são anatômicas, com ajuste frontal e confeccionadas com fibras naturais. Uma camada de material impermeável evita vazamentos. E há várias estampas. “Desenvolvemos nossa modelagem própria e que foi refinada com o trabalho voluntário de muitas mães que as utilizaram e nos deram retornos dos pontos que deveríamos trabalhar melhor", explica a AmbienteBrasil Bettina Lauterbach, fabricante deste tipo de fralda.

Segundo ela, a idéia surgiu em função das mães que já utilizavam outro produto fabricado pela empresa, os slings (carregadores de tecido para transportar os bebês próximos ao corpo). “Havia a questão ecológica e também a questão de saúde, como alergias, dermatites e assaduras”, diz ela.

Para Bettina o perfil da população está mudando., as pessoas estão mais conscientes. “Temos tecnologia para reutilizar águas servidas, temos tecnologia para produção de energia ‘limpa’ mas não temos o que fazer com as toneladas de fraldas descartáveis que são reviradas nos lixões por mais de 450 anos. Uma fralda descartável é usada por 2 a 3 horas e descartada. Uma fralda de pano é usada no mínimo 100 vezes, e passada para uma segunda criança”.

Fonte: Ambiente Brasil - http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=42095

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Em busca do carro sustentável

Introduzir materiais sustentáveis nos componentes utilizados para a fabricação de automóveis é o principal objetivo das pesquisas conduzidas por Mohini Sain, diretor do Centro de Biocompósitos e Processamento de Biomateriais da Universidade de Toronto, no Canadá.

Sain coordena o setor de biofibras renováveis e biomateriais para componentes do Projeto Auto 21, uma grande rede de centros de excelência em pesquisa científica e tecnológica – com participação de mais de 500 estudantes e 200 cientistas de universidades e empresas –, financiada pelo governo do Canadá para promover o desenvolvimento e a sustentabilidade da indústria automotiva no país.

Ao utilizar fibras de materiais florestais e agrícolas, o objetivo é criar substitutos renováveis para materiais plásticos e metálicos em painéis, bancos, portas, consoles e outros componentes. O desafio é fazer com que, dentro de 25 anos, cerca de 50% dos materiais utilizados na fabricação dos carros sejam feitos de fibras vegetais. Assim não precisarei mais utilizar a minha bicicleta no intuito de poluir menos.

Sain detém diversas patentes de biomateriais e suas pesquisas geraram a empresa spin-off GreenCore. No Brasil para ministrar uma série de cursos na Universidade São Francisco, em Itatiba (SP), com apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Vinda de Pesquisador Visitante, o professor canadense também participou do workshop “Bionanocompósitos com Aplicação na Indústria Automobilística”, promovido pela Associação Brasileira de Polímeros no dia 30, quando concedeu entrevista à Agência FAPESP.

Os esforços para reduzir o impacto ambiental causado pelos automóveis geralmente se concentram no desenvolvimento de combustíveis mais limpos. Por que nas suas pesquisas o foco está nos materiais que compõem os carros?

Geralmente culpamos os combustíveis pela poluição, mas eles são apenas parte do problema. Os materiais são outra parte. No entanto, nossa maior preocupação é o imenso consumo de energia embutido no processo de fabricação tanto de combustíveis como dos materiais. Cada polímero usado em um componente de um carro resulta de um processo de transformação do petróleo cru em etanol, em butanol e assim por diante. Portanto, as emissões causadas por um carro não saem apenas do escapamento: há emissões da indústria petrolífera, da petroquímica, de processamento de plástico e de manufaturas.


A idéia é fazer uma abordagem sistêmica?


Sim. Não adianta reduzir o problema da poluição à questão de usar combustivel limpo. É preciso contabilizar como os materiais são feitos, de onde vêm, como e por qual distância são transportados, qual é a vida útil, em quanto tempo vão para o lixo, se vão parar no solo e assim por diante. A sustentabilidade do material é muito importante. Por isso não dedicamos o projeto Auto 21 apenas às células combustíveis, tecnologias de hidrogênio ou biocombustíveis. Isso também está incluído, mas achamos que é preciso olhar para os materiais, porque eles são o que realmente tem potencial para alterar todo o processo.


Que tipo de componentes vocês pretendem substituir nos automóveis?

Pesquisamos materiais para aplicação em diversas partes, como o forro da porta, pára-choques, consoles, painéis, bagageiros e instrumentos. A idéia é utilizar sempre compósitos reforçados por fibras naturais para substituir as partes de plástico, metal ou vidro. Cada componente que conseguimos substituir significa uma diminuição no consumo de petróleo cru no fim da cadeia produtiva.


Essa substituição também se reflete no consumo dos veículos?


Sim. Os bioplásticos são em média 10% mais leves do que os plásticos convencionais. Cada quilo de plástico tirado de um veículo de uma tonelada economiza entre sete e nove litros de combustível por ano.


Que tipo de materiais são usados?


Todo tipo de fibra natural. A intenção é aproveitar os resíduos descartados na cadeia de produção agrícola e florestal. Evitamos utilizar matrizes como o milho, que possam comprometer a indústria alimentar, mas procuramos aproveitar a biorrefinaria de subprodutos das fazendas. Com isso, em vez de derrubar árvores e competir com a agricultura, agregamos a esses setores mais uma atividade econômica. As tecnologias que desenvolvemos são coerentes com a realidade econômica a que se aplicam.


Poderia exemplificar algumas dessas tecnologias?


Alguns ácidos graxos de vegetais, óleo de soja e canola, por exemplo, podem ser convertidos em espuma de polietileno para os assentos. Utilizando uma bactéria, o amido de milho pode ser transformado em plástico biodegradável para os painéis e as portas. Algumas fibras podem ser usadas como agente de reforço. Também estudamos o desenvolvimento de biopolímeros a partir de recursos renováveis. Começamos a trabalhar com biotecnologias para a conversão de amido, a fim de fazer polímeros naturais a partir de tapioca e batatas, por exemplo. O resultado é algo muito próximo do polipropileno.


Que vantagem esses materiais têm, além da economia de energia na produção?


Além da biogênese das fibras naturais gastar menos energia, elas diminuem o risco potencial de poluição na hora de serem descartadas. Esses compostos são facilmente recicláveis.


Há aplicação de nanotecnologia também?


Há algumas intervenções em nível molecular nas biofibras. Estamos desenvolvendo um processo de transformação de fibras florestais que podem ser introduzidas em bioplásticos para a produção de bionanocompósitos com rendimento altamente elevado.


Quais são os maiores desafios enfrentados pelo projeto neste momento?

Para fazer a indústria substituir peças de plástico, polipropileno, policarbonato e náilon por materiais renováveis é preciso que eles tenham a mesma performance e um preço competitivo. Se não conseguirmos baratear a produção, é impossível introduzir o material. Ao mesmo tempo, temos que fazer com que a produção desse material traga ganho econômico


A idéia é ter um carro sustentável?


Em última instância, sim. Mas isso tem que ser introduzido gradualmente. Não queremos criar de uma vez só um carro inteiramente “verde”. Primeiro porque seria economicamente inviável. Além disso, na percepção do público, um “carro ecológico” seria visto como algo suspeito, provavelmente mais caro e com menor rendimento. Mas, se os materiais forem introduzidos aos poucos, dentro de alguns anos o “carro verde” seria aceito e, em seguida, a noção se inverteria. Provavelmente, no futuro, haverá selos de certificação de sustentabilidade dos carros e o público exigirá isso. Mas é algo que precisa ser gradual.


Há uma perspectiva para o ritmo dessa substituição?


Esses materiais já começam a entrar no mercado. Na nossa avaliação, nos próximos cinco ou seis anos haverá substituição de 50 a 100 quilos de componentes dos carros por esses biocompósitos. E, entre 10 e 20 anos, serão introduzidos outros 100 quilos. De 20 a 25 anos, acreditamos que 50% dos carros serão feitos com esses tipos de tecnologias. Não ficarei surpreso se for mais, pois essas são estimativas conservadoras.

Fonte: Agência Fapesp

Por Fábio de Castro

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Matriz energética

Quarenta e oito por cento da energia gerada no Brasil, que além de ser o maior produtor de etanol de cana-de-açúcar do mundo também ocupa posição de liderança nas tecnologias de sua produção, vem de fontes renováveis. Somente a cana fornece 15% dessa oferta interna de energia no país, em sua maioria na forma de etanol para o funcionamento de automóveis.

Em contrapartida, entre os países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que juntos produzem mais da metade de toda a riqueza do mundo, somente cerca de 7% da energia utilizada vem de fontes renováveis. A média mundial desse tipo de utilização é de 13%, menos de um terço da média brasileira.

Os dados, divulgados na segunda-feira (17/11), em São Paulo, na sessão de abertura da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, serviram como um sinal de boas vindas às cerca de 92 delegações estrangeiras presentes. Com o tema central “Os biocombustíveis como vetor do desenvolvimento sustentável”, o encontro prossegue até sexta-feira (21).

José Serra, governador de São Paulo, foi o primeiro a falar e destacou que, no caso brasileiro, o estado reúne a maior concentração da produção tanto de álcool como de açúcar. “Excluindo as pastagens, a cana ocupa mais da metade das lavouras no estado. Cerca de 60% da produção de açúcar e dois terços da exportação de etanol são feitos a partir de São Paulo. Trata-se, portanto, de uma atividade estratégica para o desenvolvimento regional”, ressaltou.

Ao lembrar as inúmeras vantagens ambientais e energéticas do etanol, Serra disse que o futuro do etanol no Brasil passa pela FAPESP, cujos programas “têm apoiado pesquisas sobre bioenergia em várias frentes, desde a tecnologia de máquinas e equipamentos até o desenvolvimento da alcoolquímica, passando pelo melhoramento das plantas, impactos ambientais e processamento do bagaço da cana e outros resíduos."

“Somente em 2008, a FAPESP ofereceu cerca de R$ 83 milhões em chamadas públicas de pesquisas na área. A Fundação também compartilha investimentos nesses estudos com empresas privadas, entre elas a Dedini e a Braskem”, apontou Serra.

A anfitriã do evento, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, falou logo após o governador e também reconheceu que a biotecnologia derivada da cana-de-açúcar tem importante contribuição nos 48% de energias renováveis geradas no Brasil.

“Não podemos esquecer também que a introdução, mais recentemente, do biodiesel na matriz energética do transporte brasileiro, com os 3% do biocombustível misturados ao diesel consumido no país, também tem contribuído para esse esforço nacional. É certo que o Brasil tem 30 anos de etanol e apenas cinco de biodiesel, mas estamos convencidos de que esse é o caminho que se deve trilhar”, afirmou.

Dilma citou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) como um dos centros nacionais de excelência de desenvolvimento de tecnologias agrícolas que mais têm sustentado os estudos científicos sobre etanol nas últimas décadas.

“Mesmo sendo um país produtor e, nos próximos anos, exportador de petróleo, o Brasil é hoje referência mundial em agricultura em zona tropical, tanto na produção de bioenergia como na adaptação e melhoria de sementes”, assinalou.

A ministra citou um número que não deixa de ser um excelente indicador da crescente produção de combustíveis renováveis no país. “Desde 2003 já foram produzidos cerca de 7 milhões de veículos flex fuel, sendo que hoje praticamente 90% de toda a produção de veículos leves no Brasil é bicombustível”, afirmou.

“Espero que nesse encontro os formuladores de políticas e os tomadores de decisão possam trocar experiências em clima de cooperação, no sentido de ampliar ainda mais a participação dos biocombustíveis na matriz energética global”, disse.

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura do Conferência Internacional sobre Biocombustíveis os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Ciência e Tecnologia, Sergio Resende.

“Biocombustíveis e Mudança do Clima”, “Biocombustíveis e Sustentabilidade”, “Biocombustíveis e Inovação” e “Biocombustíveis e Mercado Internacional” serão os eixos temáticos que conduzirão o restante da conferência.

Nesta terça-feira (18/11) será realizada a sessão especial "O papel da pesquisa científica na área de biocombustíveis", organizada pela Academia Brasileira de Ciências, com a participação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), do Inmetro e da Universidade de São Paulo. Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico, representará a Fundação.


Fonte: Agencia Fapesp - Thiago Romero

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Curriculo

Dentre diversos tópicos a serem o primeiro post... resolvi inserir o meu curriculo para me apresentar:


Formação

· MBA em gestão esportiva Anhembi Morumbi – Laureate International Universities, cursando

· Pós graduado em Fisiologia do Exercício Unifesp / Cefe, 2005.

· Graduado em Educação Física UniFMU, 2003.


Habilidades e Qualificações

· Atuei por quatro anos como assistente administrativo da Find Yourself e Coordenei por dois anos a equipe de triathlon da assessoria esportiva Find Yourself.

· Conquistei o titulo de destaque do mês da Reebok Sports Club com apenas três meses de empresa, “vestindo a camisa” da mesma.

· Recebi em Brisbane na Austrália o título de “dedicated teacher”. Devido ao profissionalismo e dedicação a empresa.


Experiência Profissional

Reebok Sports Club – Setor de aquática e personal training. (Desde jun. 2008)

Find Yourself Assessoria Esportiva – Assistente administrativo, coordenador técnico de Triathlon, personal trainer, consultor do web site da empresa e treinador de corredores e triatletas. (Desde jan. 2004)

Shapland`s Swim School – Swimming teacher, Brisbane – Austrália. (Jan 2008 – Mai 2008)

Natação Assunção – Setor de aquática. (dez. 2000 - set. 2007)

Datafolha - Pesquisa e Scout em jogos de futebol da Copa do Mundo, Campeonato Brasileiro e Campeonato Paulista. (fev. 2001 - set. 2007)

Health Club Consultoria Esportiva – Coordenador técnico e administrativo e treinador de corredores. (ago. 2004 – jan. 2006)

Sítio das Palmeiras – Gestor e coordenador de eventos e da equipe de recreação. (jun. 2002 - jun. 2004)


Experiência Acadêmica

EEF – USP – Grupo de estudos em fisiologia e metabolismo, Prof. Dr. Benedito Pereira, 2006.

CONIC / COINT - 3º Congresso Nacional de Iniciação Científica e 1º Congresso Internacional de Iniciação Científica, 2003.

Iniciação científica – Publicação do projeto na biblioteca da UniFMU, 2003.


Idiomas

· Inglês: Fluente.

· Espanhol: Básico.


Cursos

· Técnico Nível I em Ciclismo, Cycling Queensland – Austrália, 2008.

· General English, Kelly College 2007/2008.

· Curso de Inglês Instrumental: Leitura para fins acadêmicos, Cogeae – PUC-SP, 2006.

· Cursos de extensão: Medicina esportiva, Nutrição, Natação, Brincadeiras Aquáticas e Hidrorecreativa; Personal Training; Fisiologia do Exercício; Treinamento Desportivo; Avaliação Física e Prescrição; Saúde e Qualidade de Vida; Massagem e Ginástica Natural.

· Participação no XXVI Simpósio internacional de ciências do esporte, 2003.