terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Esporte como desenvolvimento sustentável

O desenvolvimento sustentável, atualmente, tem sido visto como a proposta mais aceita para enfrentarmos questões socio-ambientais, culturais e econômicas de forma mais justa. O equilíbrio entre estes setores parece ser a resposta para o problema quando abordamos o tema sustentabilidade, no entanto, os valores de um futuro próximo nos deixam mais distantes da centralização econômica e nos voltam ao capital humano. Tanto isso ocorre que a crise economica mundial praticamente não tem afetado diretamente o mercado sustentável e a quem diga que a solução para a crise encontra-se no ramo da sustentabilidade.

O capital humano portanto passa a ser o principal player de mudança para o paradigma da sustentabilidade, nele se encontra a base da construção do capital social, entendido como pessoas, cidadãos com acesso à qualificação e à cidadania, que se interagem em redes para solução de seus
problemas e busca de objetivos comuns. O novo paradigma da sustentabilidade requer portanto, uma mudança qualitativa do desenvolvimento devendo atender não só às demandas econômicas e ambientais de longo prazo, mas também às necessidades sociais, culturais e espirituais que estão relacionadas diretamente com os conceitos de qualidade de vida e felicidade das pessoas.

Este conceito me fez refletir o quanto o esporte e a atividade física estão relacionados ao desenvolvimento sustentável. Muito mais do que integração social, aceitação cultural estas atividades são uma ferramenta do controle econômico e porque não podem ser ambientalmente corretos. Os esportes outdoor como ciclismo, corrida, caminhada, trekking, dentre outros em sua maioria envolvem um consumo ecologico baixo em todos os sentidos. E com uma consciencia pouco mais elevada podem ser ainda minimizados.

Meus treinos de corrida pela manhã, além da minha disposição, consomem um pouquinho da sola do meu tênis, a bateria do meu Polar e de vez em quando a bateria do meu MP3. Meu investimento para poder correr é este além de uma meia, shorts e camiseta. Lógicamente que eu consumo ainda a agua do banho, shampoo e sabonete no pós treino. Mas será que isso é um consumo elevado, se pensar que eu poderia estar em casa assitindo televisão e consumindo energia elétrica. Ou poderia estar indo ao shopping fazer compras, gastando gasolina e comprando produtos desnecessários.

O mercado do running especificamente já vêm desenvolvendo tecnologias que mostram a preocupação com o meio ambiente também. Além das camisetas e shorts feitas com garrafas PET, bambu e algodão orgânico já temos no mercado tênis biodegradáveis como o Trance 8, da Brooks, que traz a tecnologia Biomogo na sola, fazendo com que ela se degrade cerca de 50 vezes mais rápido do que as convencionais. A New Balance também não ficou para trás lançando o tênis de corrida NBX 1224, sua forração interna da parte frontal do calçado é feita da Cocona Fiber, uma fibra derivada da casca do côco. Outras novidades são o kit solarun da Mizuno composto por jaqueta, aparelho MP3 com recarregador de baterias solar de 1GB, fones de ouvido e arm band, mas o interessante é que esse recarregador solar pode ser colocado na própria jaqueta, na parte das costas num compartimento especial. Assim o usuário carrega seu tocador digital enquanto usa a jaqueta.

Associo o esporte a um dos fatores em prol do desenvolvimento sustentável sem temor uma vez que seu caracter social, cultural, econômico já estão claros aos meus olhos e com consciência e civilidade podemos transformar o esporte em exemplo claro de sustentabilidade.

Fabio Pasetto

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Energia eólica ignorada

Mais de 71 mil quilômetros quadrados do território nacional, em sua quase totalidade na costa dos estados do Nordeste, contam com velocidades de vento superiores a sete metros por segundo, que propiciam um potencial eólico da ordem de 272 terawatts-hora por ano (TWh/ano) de energia elétrica.

Trata-se de uma cifra bastante expressiva, uma vez que o consumo nacional de energia elétrica é de 424 TWh/ano, aponta estudo publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física, de autoria de pesquisadores do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“Os números do potencial eólico brasileiro foram estimados com os mesmos modelos de previsão de tempo e estudos climáticos. Como esses modelos são validados para locais específicos das diferentes regiões do país, esse potencial eólico pode estar subestimado”, disse Fernando Ramos Martins, da Divisão de Clima e Meio Ambiente do CPTEC/Inpe e um dos autores do artigo, à Agência FAPESP.

Mas, segundo ele, com as informações disponíveis atualmente, levando em conta todas as dificuldades inerentes aos altos custos da geração de energia eólica, é possível afirmar que apenas o potencial da energia dos ventos do Nordeste seria capaz de suprir quase dois terços de toda a demanda nacional por eletricidade.

“O problema é que, atualmente, o índice de aproveitamento eólico na matriz energética brasileira não chega a 1%. A capacidade instalada é muito pequena comparada à dos países líderes em geração eólica. Praticamente toda a energia renovável no Brasil é proveniente da geração de hidreletricidade”, apontou.

Parte dos dados do estudo também foi extraída do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, produzido pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) com o objetivo de fornecer informações para capacitar tomadores de decisão na identificação de áreas adequadas para aproveitamentos eólico-elétricos.

“Os locais mais propícios no país para a exploração da energia eólica estão no Nordeste, principalmente na costa do Ceará e do Rio Grande do Norte, e na região Sul”, disse Martins.

Além de descrever a evolução do aproveitamento da energia eólica no mundo, os pesquisadores do Inpe trazem no artigo dados inéditos sobre a situação atual do uso desse recurso para geração de eletricidade em diferentes países.

Sem emissões

Segundo o estudo, o setor de energia eólica tem apresentado crescimento acelerado em todo o mundo desde o início da década de 1990. A capacidade instalada total mundial de aerogeradores voltados à produção de energia elétrica atingiu cerca de 74,2 mil megawatts (MW) no fim de 2006, um crescimento de mais de 20% em relação ao ano anterior.

“Enquanto o Brasil explora menos de 1% de sua energia eólica, países como Alemanha, Espanha e Noruega utilizam por volta de 10%”, disse Martins, lembrando que a conversão da energia cinética dos ventos em energia mecânica é utilizada há mais de três mil anos.

Em 2006, o Brasil contava com 237 megawatts (MW) de capacidade eólica instalada, principalmente por conta dos parques na cidade de Osório (RS). O complexo conta com 75 aerogeradores de 2 MW cada, instalados em três parques eólicos com capacidade de produção de 417 gigawatts-hora (GWh) por ano.

O pesquisador do CPTEC aponta ainda que, dentre as fontes energéticas que não acarretam a emissão de gases do efeito estufa, a energia contida no vento também demonstra potencial para atender à segurança do fornecimento energético no país.

“Políticas nacionais de incentivos estão começando a produzir os primeiros resultados, a exemplo do Proinfa [Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica]. Espera-se um crescimento da exploração desse recurso nos próximos anos no Brasil”, disse Martins.

O Proinfa, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, foi criado em 2002 para a diversificação da matriz energética nacional. O programa estabelece a contratação pelas empresas de uma parcela mínima de energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis, entre as quais energia eólica e a energia proveniente de pequenas centrais hidrelétricas.

Fonte: Agência Fapesp por Thiago Romero

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Consumo Consciente

Pense rápido: o que é consumo? A palavra é bem conhecida de todos e, seguramente, tem algum significado para você. Consumir implica em um processo de seis etapas que, normalmente, realizamos de modo automático e, mais ainda, muitas vezes impulsivo. O mais comum é as pessoas associarem consumo a compras, o que está correto, mas incompleto, pois não engloba todo o sentido do verbo. A compra é apenas uma etapa do consumo. Antes dela, temos que decidir o que consumir, por que consumir, como consumir e de quem consumir. Depois de refletir a respeito desses pontos é que partimos para a compra. E após a compra, existe o uso e o descarte do que foi adquirido.

Considerando todos esses aspectos do consumo, você vai ver que ele está presente praticamente o tempo todo em nossas vidas. Ao acordar, vamos ao banheiro e consumimos água, eletricidade, pasta de dente e sabonete. Depois tomamos café-da-manhã e lá vai café, pão, manteiga, geléia, frutas, água, eletricidade. E mais água para fazer o café e para lavar a louça. Quando saímos para o trabalho, a menos que se vá a pé ou de bicicleta, consumimos combustível, mesmo que seja do ônibus, e no caso do metrô, energia elétrica. Dependendo da ocupação de cada um, haverá diferentes tipos de consumo, mas é quase certo que haverá uso de eletricidade, papel e cafezinho, por exemplo. Portanto, mesmo que você passe o dia todo sem sequer abrir a carteira, terá consumido muita coisa.

Por isso o consumo é algo muito importante e que provoca diversos impactos. Primeiro em nós mesmos, já que temos que arcar com as despesas do consumo e também nos beneficiamos do bem estar derivado dele. Depois, o impacto na economia, porque ao adquirirmos algo, movimentamos a máquina de produção e distribuição, ativando a economia. Também afeta a sociedade, porque é dentro dela que ocorrem a produção, as trocas e as transformações provocadas pelo consumo. E por fim, o impacto sobre a natureza, que nos fornece as matérias-primas para a produção de tudo o que consumimos.

O consumo é um dos nossos grandes instrumentos de bem estar, mas precisamos aprender a produzir e consumir os bens e serviços de uma maneira diferente da atual, visto que o modelo hoje utilizado de produção e consumo contribuiu para aprofundar alguns aspectos da desigualdade social e do desequilíbrio ambiental. Mas as coisas não precisam ser assim e existe um enorme potencial para que o consumo que nos trouxe a essa situação, se exercido de outra forma, nos tire dela. Vamos ver como?


Consumo Consciente

Bem, agora que você já sabe que muitos dos nossos atos são atos de consumo e que eles impactam a sua vida e as condições da vida no planeta, chegou a hora de saber como você pode usar suas escolhas de consumo para ajudar a construir um mundo social e ambientalmente melhor. O caminho passa pela adoção do consumo consciente. E o que é consumo consciente? É consumir levando em consideração os impactos provocados pelo consumo. Explicando melhor: o consumidor pode, por meio de suas escolhas, buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos dos seus atos de consumo, e desta forma contribuir com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.

O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade do planeta, lembrando que a sustentabilidade implica em um modelo ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável. O consumidor consciente reflete a respeito de seus atos de consumo e como eles irão repercutir não só sobre si mesmo, mas também sobre as relações sociais, a economia e a natureza. O consumidor consciente também busca disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos de consumo realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.

O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços. Tais gestos incluem o uso e descarte de recursos naturais como a água, a compra, uso e descarte dos diversos produtos ou serviços, e a escolha das empresas das quais comprar, em função de sua responsabilidade sócio-ambiental. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.

Praticar o consumo consciente consiste numa atitude de liberdade de escolha e de protagonismo da própria existência. É uma tomada de posição clara, democrática e ética. O consumo consciente fatalmente irá gerar uma reflexão e tal reflexão pelos consumidores deverá gerar uma cadeia de estímulos que irá contagiar positivamente as empresas e seus funcionários, sua família, colegas e amigos que, diante do exemplo, serão impelidos a refletir sobre os seus próprios atos de consumo.

Para ficar mais claro, vamos dar um exemplo simples. Você já deve ter ouvido falar que a água é um recurso natural escasso e que cerca de 30% da população mundial não tem acesso à água tratada de boa qualidade. Portanto, mesmo que você consiga arcar com sua conta de água, e portanto possa, em princípio, gastar o montante de água que lhe aprouver, tal fato trará como impacto a não disponibilidade de água, um recurso precioso e muito escasso, para um grande número de pessoas. Além disso, antes da água chegar à sua torneira, ela é tratada. Esse tratamento custa dinheiro. Se você economizar, o volume de água tratada será menor e os custos serão mais baixos. Caso contrário, para aumentar o abastecimento, a prefeitura terá de investir em novas estações de tratamento, que exigirão investimentos e usarão o dinheiro que poderia ser aplicado em outras áreas, tais como saúde, educação ou transporte. Um outro ponto a considerar é que, se a água for usada em quantidade maior do que a realmente necessária, talvez as fontes usadas já não consigam atender a demanda. Se isso acontecer, as autoridades terão de buscar água mais longe, o que provavelmente vai encarecer o custo da água e vai dificultar o acesso a ela pelas populações de mais baixa renda.

A falta de água de boa qualidade provoca diversos males. Entre 1995 e 2000, só no Brasil, ocorrerram 700 mil internações hospitalares por doenças relacionadas à falta de água e saneamento básico. Portanto, quando você fecha a torneira ao escovar os dentes, ao se ensaboar no banho e ao lavar a louça, você está praticando um ato de consumo consciente, um ato que terá um impacto positivo sobre a sociedade porque ajudará a preservar água para os outros; terá um impacto positivo para a economia porque adiará a necessidade de novos investimentos no setor; terá um impacto positivo sobre a natureza porque não estará pressionando as nascentes; e terá um impacto positivo para você, que vai economizar na conta de água.

Fonte: Akatu

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mudanças climáticas aceleradas

Impactos promovidos pelas mudanças climáticas estão ocorrendo mais rapidamente do que se esperava, de acordo com um relatório apresentado nesta terça-feira (16/12) na reunião anual da União Geofísica Norte-Americana, em San Francisco.

Entre os efeitos acelerados estão a perda de gelo marinho, a elevação no nível do mar e um possível estado de seca permanente no oeste da América do Norte.

O relatório é parte de uma série de 21, que estão sendo produzidos por cientistas de instituições acadêmicas e de agências do governo a pedido do Programa Científico de Mudanças Climáticas do governo norte-americano. As análises incluem dados de diversos estudos e levantamentos, como os feitos pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

Ao mesmo tempo em que aponta que algumas projeções têm sido demasiadamente conservadoras, como no caso do derretimento da calota polar, o relatório agora divulgado destaca que em outros pontos o cenário não implica a ameaça imediata estimada, como no caso das alterações nos padrões de correntes oceânicas que influem no clima na Europa e no aumento nas emissões de metano.

Entre as alterações que têm ocorrido com velocidade superior à estimada anteriormente estão mudanças nas geleiras nas extremidades da Groenlândia e do oeste antártico. Outro destaque são mudanças hidroclimáticas sobre a América do Norte e sobre as regiões subtropicais do planeta, que, segundo o relatório, poderão se intensificar devido ao aquecimento global.

“O relatório também identificou que a seca poderá se estender no sentido do pólo Norte no oeste da América do Norte, aumentando a probabilidade de secas severas e persistentes no futuro. Se os modelos que utilizamos estão acurados, trata-se de um processo que já começou. A possibilidade de o oeste [do continente] entrar em um estado de seca permanente não tem sido abordada como deveria”, destacou o principal autor do estudo, Peter Clark, professor de geociências na Universidade do Estado de Oregon.

Especialistas apontam que mudanças climáticas têm se sucedido na história da Terra e geralmente são muito lentas, ocorrendo em centenas ou milhares de anos. Entretanto, em alguns casos as mudanças foram muito mais rápidas, na ordem de décadas.

“Mudanças climáticas abruptas apresentam riscos potenciais para a sociedade que ainda são muito pouco compreendidos”, destacaram os autores no relatório.

Entre as necessidades mais imediatas, apontam os pesquisadores, estão o desenvolvimento de melhores sistemas de observação climática e de previsão de secas e a continuidade do monitoramento nos níveis de metano na atmosfera.

Fonte: Agência Fapesp

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

3 r's da reciclagem

Atualmente a reciclagem passa por um processo de transição. O ato de reciclar vêm numa fase de transição, passando de um modismo passageiro para uma tendência na vida dos brasileiros, estamos demorando pouco mais do que outros países mais desenvolvidos, mas já começamos um processo no caminho correto. A atitude na vida das pessoas, ao menos as pessoas com mais acesso a informação, já tem mudado bastante e o Brasil esta reciclando mais!

Segundo dados do IBGE o Brasil é recordista mundial em reciclagem de latas de alumínio. 89% em 2003, contra 50% em 1993. Já a reciclagem de papel subiu de 38,8% em 93 para 43,9% em 2002. No entanto a reciclagem é praticada somente em cerca de 180 municípios brasileiros, pouco representando para a economia nacional.

Contudo, neste ensejo venho a discutir como deve ser tratado o processo de reciclagem, na verdade o processo de reciclagem inicia-se no ato da compra! 40% do que nós compramos é lixo. Geralmente as embalagens que, quase sempre, não nos servem para nada, vão direto para o lixo aumentar os nossos restos imortais no planeta. Pense no resíduo da sua compra antes de comprar. Às vezes um produto um pouco mais caro tem uma embalagem aproveitável para outros fins.

Você já ouviu falar nos 3 r's?!

Os 3 r's da reciclagem são:

1º - Reduzir
2º - Reutilizar
3º - Reciclar

Reduzir, significa evitar o desperdício desnecessário. Na hora da compra mesmo você pode reduzir o desperdício optando por uma escolha inteligente, prefira o vidro em relação ao plástico nas embalagens na hora de comprar... geralmente mais caro, mas 100% reciclado!

Reutilizar, significa usar o mesmo material por diversas vezes... Um exemplo clássico é o jornal que você pega no farol lê e joga no lixo (reciclado espero!), ao invés de joga-lo no lixo poderia entregar a um amigo que não leu... Ou caso esteja você e um amigo no carro ao invés de pegarem dois jornais, um para cada um, pegue somente um... deixe seu amigo ler e depois leia você... ou seja reutilize tudo o que puder!

Por fim, agora sim devemos reciclar propriamente!

Fabio Pasetto

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Atitude pró sustentável no esporte!

O impacto do esporte no meio ambiente é relativamente modesto, no entanto esporte como meio de vida, é indiscutivelmente relacionado às preocupações do meio ambiente de forma a trazer oportunidades e ameaças a ambos os lados. O futuro do esporte pode ser tão afetado com um meio ambiente insustentável quanto o meio ambiente em si, tendo em vista a participação efetiva do esporte em atividades “outdoor” e inseridas num contexto natural de forma direta. Assim a redução dos efeitos no meio ambiente devem participar do dia a dia do esporte e da atividade física.

Mar, deserto, céu e florestas são alguns dos exemplos de palcos de atividades esportivas... Vela, rally, balonismo e corrida de aventura respectivamente atuam nestes “estádios naturais” que oferecem estruturas ambientais espetaculares a pratica esportiva. Imagine-se jogando golf e ao invés daquele belo campo de grama verde rasteira a paisagem de casas pichadas e arranha-céus ao seu lado, ou então fazendo uma caminhada matinal com seu cachorro na praça ao lado de sua casa circundado por latas de alumínio e sacos plásticos que demoram centenas de anos para se decomporem. Portanto não são apenas os esportes de alto rendimento e que envolvem grandes verbas é quem devem se empenhar na luta pró sustentável, o seu dia a dia como praticante pode aos poucos caminhar a favor do meio ambiente se você fizer a sua parte. Pense que atividade física e meio ambiente devem andar lado a lado!

Sustentabilidade envolve fatores diversos, alem do meio ambiente... Promover a sustentabilidade significa realizar movimentos socialmente justos, culturalmente aceitos, economicamente viáveis alem de ecologicamente corretos. Ser sustentável é prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido, portanto o esporte com seu espírito de inclusão social e cultural e seus valores de disciplina, determinação e respeito ao próximo infama a juventude (nosso futuro) a se incutir nesta luta pró sustentável!

Utilizadores em sua grande maioria do meio ambiente os esportes de aventura seguem sua cultura de serem fiéis defensores da preservação da natureza. Já os praticantes dos chamados esportes radicais são dedicados vigilantes de unidades de conservação, zelando para prevenir e denunciar as agressões ambientais e também atuantes como agentes de educação ambiental. Exemplos de atitudes pró sustentável no esporte.

O esporte tem a chance de ser o principal “player” no papel de influenciar lideres mundiais assim como o publico em larga escala devido a sua paixão, sua emoção que move montanhas. Aceitar este desafio sustentável é elevar o esporte ao mais alto nível de inteligência, respeito e honra. Esta causa deve ser tomada como própria pelos praticantes de atividade física e do esporte, pelos atletas e por fim pelos gestores esportivos, inserindo e ativando conceitos de sustentabilidade dentro de suas modalidades com suas peculiaridades distintas.

Fabio Pasetto

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Tragédia de Santa Catarina - Nossa culpa?!

A tragédia ocorrida no estado de Santa Catarina com até então 117 mortos deixa dúvidas reais quanto ao motivo das enchentes e do deslizamento. Logicamente que o necessário neste momento é unir todas as forças para reabrigarem a população e darem condições de vida normais a todos os catarinenses, as medidas imediatas estão sendo tomadas pelo governo e pelo país todo, R$ 20 milhões já foram doados somente em dinheiro e ainda centenas de toneladas de alimentos, água e produtos de limpeza chegaram a defesa civil catarinense. No entanto um fato que deve ser endagado é o motivo desta tragédia.

O Vale do Itajaí, onde se localiza Blumenau, é uma região que sofre freqüentemente com as enchentes. Porém um fenômeno meteorológico pouco comum, quando uma nuvem de chuva estaciona sobre uma região, o desmatamento dos morros da região e o desrespeito ao Código Florestal, em Santa Catarina, foram responsáveis, conforme especialistas, pelo “fato novo” do desastre: os deslizamentos de terra.

O relevo da região é antigo e está sujeito às intempéries. Quando chove, a rocha se decompõe. Quando faz sol, ela se desagrega. Ao longo dos anos, as rochas vão se alterando e formando o manto de intemperismo, camada superficial da rocha que desmorona com as chuvas.

Nessa região é muito caro residir próximo das encostas, portanto devido a falta de fiscalização este fato é frequente com apropriações ilegais infringindo a legislação ambiental federal. o Código Ambiental em Santa Catarina vai contra o Código Florestal. A faixa de área de preservação permanente dos rios, por exemplo, é de 30 metros pelo Código Florestal. O estado pretende permitir que as distâncias sejam diminuídas. Portanto as legislações confusas dificultam a boa fiscalização, permitindo assim moradores se apropriarem de regiões indevidas.

No entanto a Defesa Civil de Santa Catarina refuta as críticas e afirma que os problemas aconteceram somente pelas chuvas contínuas e intensas.

Contudo este é apenas um dos problemas. Os impactos do aquecimento global e da produção insustentável são outros geradores do problema.

A Mata Atlântica já perdeu grande parte de sua cobertura florestal e, de acordo com os dados da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), o Estado de Santa Catarina é apontado como o campeão nacional de desmatamento da Mata Atlântica. "As árvores foram substituídas por casas e vegetação rasteira, o que contribuiu para a erosão. Esses deslizamentos aconteceriam mais cedo ou mais tarde, as fortes chuvas desses dois meses apenas aceleraram esse processo", explica o especialista Lino Peres.

A floresta cobria uma área de aproximadamente 1,29 milhão de km quadrados, em 17 estados brasileiros, incluindo Santa Catarina. O bioma ocupava cerca de 15% do território nacional. Atualmente, apenas 7% desse total permanece intacto.

Muito se atribui também ao fator do desmatamento da Amazônia, apesar de muitas discuções terem sido geradas a este respeito. É verdade que esse é um forte determinante, tanto por meio de mudanças climáticas regionais quanto globais dos fenômenos climáticos extremos. Portanto, influi indiretamente neste âmbito.

Fabio Pasetto

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Árvore com garrafas plásticas vai iluminar centro de Curitiba/PR

Uma árvore de Natal de 12 metros de altura deve iluminar o calçadão da Rua das Flores, no centro de Curitiba, a partir desta quarta-feira (3). A Árvore de Cristal, como é chamada, começou a ser montada na segunda-feira (1º). Ela é feita com material reciclável.

Segundo a prefeitura, a estrutura foi preenchida com 4 mil garrafas plásticas cheias de água e outro líquido colorido. A peça será iluminada com 6 mil watts de luz e poderá ser vista de longe.

A expectativa é que as garrafas funcionem como uma lente especial para difundir raios luminosos brancos e vermelhos. O "efeito cristal" deverá ser ampliado por microlâmpadas instaladas nas guirlandas e nos enfeites.
Montagem - O material para montagem da árvore foi recolhido e preparado por famílias atendidas nos 27 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) da Fundação de Ação Social (FAS). As garrafas foram retiradas de rios, terrenos baldios e áreas públicas da cidade.

Também trabalharam nas etapas iniciais da construção da grande árvore e dos enfeites idosos que são atendidos em sete Centros de Atendimento ao Idoso (Catis).

O projeto é assinado pelo arquiteto Fernando Canalli e conta com o apoio da Spaipa S/A - Indústria Brasileira de Bebidas.

Fonte: G1

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Philips e a sustentabilidade

Mizuno lança linha de roupas ecologicamente correta

A marca esportiva Mizuno lançou no último mês uma nova linha de vestuário que utiliza tecido reciclável. Batizada de Runcycle Performance, a linha apresenta camisetas e shorts para homens e mulheres.

O tecido reciclável é uma mistura de poliamida e poliéster sustentável. Este último é feito a partir de garrafas pet recicláveis. Além disso, a confecção desse poliéster economiza energia elétrica.

"Queremos, cada vez mais, usar o potencial tecnológico da marca para buscar alternativas de produtos que possam unir tecnologia e respeito ao meio ambiente", diz a responsável pelo vestuário Mizuno no Brasil, Marcela Jacometi.

As peças podem ser adquiridas nas principais lojas esportivas do país. As camisetas masculinas custam em média R$79 e a as femininas R$74. Já os shorts variam entre R$44 e R$79.

Fonte: Webrun

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Lixo - o que fazer com ele?

A sociedade moderna produz por dia quantidade incalculável de lixo, sem nunca ter definido o que faria com essa montanha de resíduos. Durante anos foi mais cômodo jogar o lixo para debaixo do tapete, servindo para isso qualquer lugar longe dos olhos de quem o produziu.

Poderia ser a periferia mais pobre, ou o município vizinho, ou mesmo países miseráveis com governos corruptos, que aceitam por desconhecimento ou ignorância receber essa bomba-relógio em seu território.

Vários tipos de lixo já se tornaram problemas insolúveis em vários países. Há poucos meses vimos pela televisão a cidade de Nápoles, na Itália, com lixo pelas ruas com a prefeitura sem saber o que fazer, e a população desesperada e revoltada com essa situação absurda.

Produzimos milhões de baterias e pilhas por dia que são extremamente tóxicas e não deveriam ser jogadas nos lixões ou aterros sanitários, pois poluem o meio ambiente com os seus metais pesados. Porém, muitas pessoas continuam a jogar esses objetos na lata de lixo de sua residência, por desconhecimento ou preguiça.

O lixo é o resultado final da utilização de algum bem. Este pode ser dos mais variados tipos de materiais, formatos, tamanhos, utilidades, sólido, líquido ou gasoso, tóxico, inerte, orgânico, inorgânico, etc. Cada um com um grau diferente de problema gerado para o meio ambiente, mas sem dúvida todos são passivos ambientais a serem tratados. Os índices de contaminação em todos os meios, ar, água e solo, são alarmantes e extremamente preocupantes.

Acostumamos-nos a viver cercados por lixos ou sobras do que não usamos que viram lixo também, dentro e fora de nossas residências, e nem percebemos. Se percebemos não nos importamos. Compramos mais do que necessitamos, guardamos o que não terá utilidade, consumimos de forma desenfreada. E para onde vai tudo isso? Para o lixo, é claro.

A humanidade tornou-se uma geradora compulsiva de lixo. Tudo em algum momento vira lixo. Demandamos muita matéria-prima e energia do meio ambiente e devolvemos como lixo de volta para o mesmo meio ambiente. É uma troca injusta e desequilibrada. Em algum momento teremos que pagar essa conta.

Hoje muito se discute sobre as melhores formas de tratar ou eliminar o lixo, seja ele industrial, comercial, doméstico, hospitalar, nuclear, tecnológico, entre outros que surgem a todo o momento.

Todos esses tipos de lixo são resultado do estilo de vida da sociedade contemporânea. Para alterarmos esse processo será necessário mudar a postura e o comportamento das pessoas, e isso só será possível com conscientização em massa.

Os nossos hábitos estão mais sofisticados, novos equipamentos são desenvolvidos todos os dias para atender as necessidades que não tínhamos, mais e mais somos desafiados a precisar e consumir, e cada novo equipamento recém-lançado inviabiliza o seu antecessor. Estamos gerando um novo tipo de lixo, o tecnológico, próprio de sociedades ricas e altamente consumistas.

As indústrias estão sendo responsabilizadas e chamadas a ajudar a resolver esse imbróglio criado por elas mesmas. A ganância por faturar mais as tem levado a produzir e vender o desnecessário e supérfluo, que não deveria fazer parte de nossas vidas.

A solução para esse problema está longe de ser alcançada. Ela passará por decisões difíceis e contrariará interesses de grandes conglomerados, poderosos e com lobbys fortes e atuantes, mas não temos muito mais tempo.

Corremos o risco de assistir, no mundo real, a história do filme da Disney, que narra a epopéia do robozinho Walle, deixado na Terra juntamente com outras máquinas para limpar a lambança feita pelos homens civilizados. O que se passou com essas pessoas e a situação em que encontraram suas casas no retorno à Terra podem ser um prenúncio de nosso futuro.

Sem solucionar o problema do lixo jamais construiremos uma civilização sustentável .


Fonte: Luiz Fernando do Valle - Blog Raizes